segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A vida é da cor que a gente pinta

Sabe, como é engraçado a quantidade de pessoas que passam pela nossa vida e a pequena parcelas destas que ficam nela, que se tornam constantemente presentes.
Sou uma pessoa de poucos amigos, aliás acho que naoe tenho nenhum e ando as vezes com os da minha irmã, coisa que ela não cansa de jogar na minha cara. Tenho alguns colegas de faculdade também, mas tive vários ao longo dos últimos seis anos, pois passe pela graduação de Pedagogia (passando por duas turmas nela), depois fiz 3 anos de pré vestibular, cada ano uma turma totalmente diferente para no fim ter passado por 3 turmas d publicidade, indo passar por uma quarta semestre que vem pois tranquei a faculdade depois que surtei para dar uma respirada e tudo mais. E sabe o engraçado? Nenhuma pessoa dessa infinidade de salas ficou na minha vida, encontro uma ou outra por aí e pergunto como é que tá, e só, mais nada. Tem gente que constrói raízes de amizade na faculdade, ou segundo grau que duram pra sempre, não consegui este feito. Minhas amigas de segundo grau eram alcóolatras como eu era também e quando me afastei da bebida acabei tendo que me afastar automaticamente delas, foi bom, nunca mais caí no erro de tomar um porre, ainda mais agora com os remédios que preciso tomar diariamente, que além de tudo engordam, tanto quanto se eu resolver beber todas.
Eu só parei para pensar nisso hoje, quando agradeci uma moça do trocador de roupas de hipermercado, pensei "poxa, eu falei com ela agora e nem sei quem é e nunca mais vou falar com ela novamente", e concluí que tem sido parecido em toda minha vida escolar. Só no meu segundo grau que foi diferente, as amizades tinham significado por mais que eu tenha me magoado nelas, há anos não sei o que é isso. Tive também uma relação de amizade forte com as pessoas do núcleo dos Mestres Ascensos, mas depois que adoeci todo mundo virou as costas pra mim, nem para me perguntar como eu estou ou coisa parecida, ninguém me procurou. Minha querida irmã pra piorar, além de jogar na minha cara que saio com os amigos dela, diz ainda bem irônica onde está aqueles amigos seus que você prezava tanto?
Eu olho tudo isso e sinto vontade de morrer, como se eu continuasse vida por nada, eu sou que nem aquela moça do trocador do hipermercado na vida de todas as pessoas que passei nos últimos seis anos, alguém indiferente.
Nessas horas a idéia do convento vem novamente, pois eu ajudando os outros vou me tornar alguém que fez a diferença neste planeta, uma pessoa que pode fazer falta para alguém.

George Sand

Bem, até agora vocês só ouviram algumas das várias reclamações que tenho da vida... mas este blog trata também de insanidades então vamos a principal, que creio que tenha sido a causa do meu surto...
Ao longo de anos, desde os 15 anos, eu vi rostos e lugares que surgiam do nada na minha cabeça, imaginação? Pois é, eu queria crer que era tudo imaginação, ainda mais depois de surtar, então comecei a achar que era tudo coisa da minha cabeça mesmo mas enfim.
Uma das minhas primeiras alucinações, foi com Chopin, eu via ele tocando várias vezes por anos na minha cabeça, e vi desde meus 15 anos na minha cabeça uma moça, eram flashs e tal, mas eis meu susto quando encontro um retrato da moça com o mesmo vestido que vi em minha mente, e que ela tem feições parecidas comigo, vou por uma nota da wikipédia sobre essa moça:

"George Sand nasceu no n°15 da rua Meslay no dia 1 de julho de 1804; era filha de Maurice e Sofia Dupin. Seu pai falece após uma queda de cavalo enquanto acompanhava o príncipe Murat em campanhas armadas e então Aurore é mandada para Nohant aos cuidados de sua avó Aurore de Saxe. Era bisneta do célebre Marechal de França, o conde Maurício de Saxe, sendo este filho bastardo de Augusto II, rei da Polónia e de Saxe, e da sua amante: a condessa Maria Aurora von Königsmark.
No começo de sua vida com a avó, Aurore sofria muito com a falta de sua mãe e passava os dias praticamente sem falar com ninguém correndo pelos jardins de Nohant e brincando com seus amigos Invisíveis. Aurore de Saxe muito preocupada com a educação de sua neta mandou-a para estudar em Couvent des Anglaises em Paris. Acontece que a pequena Aurore se apaixona pela vida silenciosa e introspectiva que começa a levar dentro das paredes de pedra de seu convento e começa então a desejar ser freira. Para alegrar suas amigas decide criar pequenas peças de teatro e montar um grupo de meninas para representa-las. As peças sempre são um sucesso e Aurore começa a cada vez mais gostar da vida no convento. Sua avó quando fica sabendo retira a neta do convento e ela volta contrariada a Nohant.
De volta ao convívio com a Aurore de Saxe, a menina começa cada vez mais a amar sua avó e quando esta morre, pouco tempo depois, Aurore sofre de maneira inconsolavel e só se acalma anos depois quando conhece François-Casimir Dudevant, um jovem licenciado em Direito com quem se casou em 1822. E nesse casamento dois filhos nascem, Maurice e Solange.
Teve uma vida agitada por suas relações amorosas. Em 1838 ligou-se a Chopin. Produziu romances sociais e sentimentais. Desde 1837 havia aderido a idéias socialistas e defendia um socialismo místico. Esteve presente na revolução de 1848."

outra descrição da moça:

"Terno, gravata, cartola, charutos. Ideias socialistas, romances feministas e uma lista de amantes. George Sand certamente era uma mulher fora dos padrões da Paris do século XIX. Nascida Aurore Dupin, a escritora despertava frisson por onde passava. Na adolescência, George pensou em tornar-se freira. Mas após a morte da avó acabou tomando outro rumo. Ela adotou um nome masculino, participou do movimento romântico, aderiu aos ideais de Saint-Simon e adotou o modo de vida da boêmia literária.

Sim, George Sand era uma romancista. E você me pergunta, então o que ela está fazendo em um blog sobre música? Pois bem. Tudo começou em 1836, quando a condessa Marie de Agoult, amante do compositor Franz Liszt, resolveu dar uma festa. Foi nessa ocasião que George Sand conheceu o jovem pianista e compositor polaco Frédéric Chopin.

Ai você já antecipa: os dois caíram de amores um pelo outro e foram felizes para sempre. Não. Devemos lembrar que George Sand era uma mulher inteligente e intrigante e que Chopin era, em tese, um compositor da era romântica de cabeça aberta. No entanto, vamos levar também em consideração que eles estavam no século XIX e que Sand não devia parecer muito atraente usando uma cartola e fumando charutos. Chopin, então, não achou a menor graça na George Sand, pelo contrário, o pianista disse a sua família sobre o caso: "Há algo sobre ela que me repele".

É claro que a história não acaba por ai. Chopin não gostou de Sand, mas Sand ficou apaixonada por Chopin. E, decidida como era, não desistiu fácil e conseguiu conquistá-lo pelo cansaço. Por fim, os dois passaram dez anos juntos. Chopin tinha uma doença pulmonar crônica e dependia dos cuidados de George. Os dois acabaram se separando dois anos antes da morte de Chopin por problemas com a filha de George, Solange. George Sand e Chopin formaram um dos casais mais interessantes da Era Romântica. E o relacionamento dos dois influenciou significativamente a obra de Chopin.

O caso de Chopin e Sand já foi tema de diversos filmes, entre eles "Imprompt", com o inglês Hugh Grant no papel do compositor. No Rio de Janeiro, está em cartaz a peça "Chopin & Sand: Romance Sem Palavras" no Centro Cultural dos Correios, com Marcelo Nogueira e Françoise Forton."
Ela era escritora, eu sonho em poder escrever, ela era socialista, fui socialista por muitos anos até concluir que extremos políticos não dão certo, tive flashs de uma mulher vestida como homem, vi retratos dela vestida de homem, ela usava o nome de George para publicar seus livros e ser aceita na roda de intelectuais. Além disso, acho charmoso em mim vestir camisa social, gravata feminina e babo quando vejo um menino tocando piano, e ela também queria ser freira... Eu lembrar desses pormenores e ter essas semelhanças me fez pensar se por acaso eu não tive uma lembrança de outra encarnação minha... Tive mais dois casos de lembranças como essa, tão inacreditáveis quanto, mas se era realmente retrato de outra vida todos eles ou só alucinações de surto é a pergunta que não quer calar na minha vida...

domingo, 30 de outubro de 2011

Domingo...

Novamente o vazio de sempre assolou a minha alma e resolvi extravasar através das palavras.
Neste feriado, depois de semanas estudando de domingo a domingo vou ter 3 dias de folga, estou convencendo meus pais de viajarmos para a praia. Realmente, nos últimos meses estou preocupada com o futuro, pois a maioria das pessoas da minha idade (24 anos) possuem ou um emprego estável ou um namorado legal, ou os dois. Eu não tenho nenhum...
Minha irmã contou para mim que vai passar o fim de ano com o namorado. Minha irmã é super sociável, cheia de amigos ao redor dela, alegre e super inteligente, já eu sou o oposto, arrumo brigas no colégio desde sempre, intrigas, e passo muitas vezes na estica, quando vejo essa minha falta de habilidade interpessoal tenho medo de acabar terminando minha vida como faxineira, pois o que mais as empresas procuram são pessoas extrovertidas e que tenham grande capacidade de resolver problemas...
Beleza? É, algumas pessoas me acham bonita, mas já vi caras lindos com mulheres mais feias que eu (deviam ser inteligente pacas, isso conta muito), e nem sou tão bonita assim, com os problemas que tenho quando um guri se aproxima tenho pavor dele só me usar até arrumar coisa melhor, isso acontece bastante...
Se sou interessada em alguém? Em 2 rapazes, na verdade, 2 amigos (eu tenho mais amigos homens que mulheres, sério, mulher não presta, te troca por um pau(ocorreu comigo mais de uma vez), pisa nas amigas, homem é mais fiel nas amizades, por isso prefiro eles como companhia, muitos acham que sou lésbica por isso, mas tenho certeza que não sou.), um dos rapazes é nerdzão, mas é responsável, inteligente, tem um psicológico forte, admiro isso e é muito alegre, o outro é quase um Edward Cullen, escuta Frank Sinatra, muito inteligente sonhador. Gosto dos 2, mas ambos são meus amigos e creio que vai ficar nisso mesmo, acho que nenhum deles estaria disposto a carregar meu fardo, me ajudar a ir em frente, eu seria peso morto em suas costas, então fico amiga deles e nem choro, já chorei demais por essas coisas, e não me adiantou de nada.
Para quem acha estes relatos demasiadamente negativos saibam que durante toda minha adolescência fui gótica, de ouvir lacrimosa e ler álvares de azevedo, não tomava sol, me vestia de preto, Hoje dou risada de tudo, acho que foi aquele negócio de que o jovem sente necessidade de se expressar, depois que você amadurece vê que tem que trabalhar, estudar de verdade (não matando aula pra ir ao bar como fiz minha juventude inteira), os Mestres Ascensos me fizeram voltar para a luz também, enfim, mas creio que caí na gotiquice por ser desde pequena muito melancólica. E já conheci gótico que se veste de preto e tudo mais alegre e positiva, isso tem aos montes, uma contradição, e são os mais populares nas galerinhas, vai entender...
O vento sopra forte na janela,
Queria ser como o vento
Leve, invisível
Viajando de norte a sul
Numa velocidade incrível

sábado, 29 de outubro de 2011

louca

Algumas pessoas nascem realmente com sorte. Eu pensava que era assim comigo, até o dia em que surtei...

O cúmulo de me considerar sortuda foi quando conheci os Mestres Ascensos da grande fraternidade branca. Li o livro Mistérios Desvelados e pareceu que eu entrava dentro de um sonho. Ser ascenso é não precisar mais reencarnar, você poder ser um nome pedido em orações, e ter poder de interceder pelas pessoas. Muitos santos católicos (nem todos, Santa Clara e São Francismo ascenderam respectivamente como Guru Ma e Kuthumi, mas Santa Terezinha do menino Jesus e Padre Pio, a evangelista João, ascenderam e é claro, Jesus e Nossa Senhora também), do oriente(Buda, Kuan Yin, PadmaSambhava), evengélicos(Como a fundadora da Quadrangular) rosacruzes (Saint Germain) todos ascensos... Eu era filiada a Summit Lighthouse, e todos os caminhos dos Mestres Ascensos conduziam a ascensão. Nossa, a narrativa do céu dentro do livro é fantástica, queria ir pro céu depois que li esse livro, você pode ver todas as suas encarnações, registros antigos de civilizações da atlântida e lemúria, tudo isso é possível para um ser ascenso. Existe uma dispensação atualmente, se vc salda 50% do seu carma você pode ascender, virar Mestre, antes (épocas de Jesus, Buda, era 100% do carma). Me esforcei, imagine, uma jovem de 18 anos que não vai a baladas, n bebe, toda certinha só estuda, essa era eu. Meu sonho era ter um emprego simples, ajudar no núcleo de estudos dos mestres e rezar muito para ascender...
Até que ocorre o surto, pensei que fossem os mestres falando comigo, quase agredia psiquiatra quando meus pais me arrastaram para ele, e fazia tudo que minhas alucinações mandavam, em o que dizer, o que vestir, e achava que meus pais queriam me matar, ouvi um mestre dizendo que eles conspiravam contra mim, que eu devia fugir de casa, pois eles iam me matar, até hoje as vezes tenho essa impressão. E no meio do surto ouvi um mestre dizendo para eu jogar todos os meus livros fora e fiz (só porque uma voz que ouvi mandou), como eu tava doida minha mae jah queria jogar fora mesmo foi tudo fora, 6 anos de estudo dos Mestres Ascensos fora...
Atualmente, me sinto num vazio, vou me formar em publicidade final do ano que vem, conversei com o pessoal do núcleo dos mestres aqui e me contaram que ocorreu nos EUA algo parecido com o que ocorreu comigo com outra pessoa, que era bom eu me afastar dos mestres por um tempo, mas minha terapeuta e médico acham que eu deveria me afastar pra sempre, eu as vezes eu também acho isso por tudo que aconteceu comigo...
Daí eu vivo uma vida vazia agora, vejo todos felizes ao meu redor, e me enxergo como uma pedra no sapato da minha família, outro motivo de convento ser um pensamento constante atualmente para mim, eu podia saldar carma lá todo dia(ajudar os outros salda carma) e quem sabe ascender no fim desta vida, acho melhor do que viver sem nada, e só enxergo a sorte d emeus amigos que por sorte passaram num concurso ou conseguiram um bom emprego. Mas penso agora, se passar num concurso vou morar sozinha? Depois que surtei tenho medo de pensar em morar sozinha... e acho triste viver sozinha, conheci pessoas de 40 a 50 anos que vivem sozinhas, se você não tem uma causa pra viver (pode ser um filho, igreja, ...) a vida fica vazia demais...
Tem gente que tem sorte de arrumar empregos legais ou um bom namorado, não tive nenhuma dessas sortes, e pra piorar sou meio que reconhecidamente louca...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Caixão

É assim que estou me sentindo, quase 6 meses depois de eu ter sido diagnosticada com essa maldição. Sim, eu sou bipolar, e senti vontade de abrir o jogo a respeito disso, mas em anonimato, pois realmente todas as pessoas (eu inclusive antes de vir essa praga) tem preconceito de doenças de ordem psiquiátricas.

E depois que surgiu essa doença, é caixão, Caixão para os meus sonhos, ambições, planos conjugais (eu já era solteira, agora mesmo ganhando peso por causa do Lítio(remédio obrigatório de todo bipolar), acabou mesmo), minha vida se resumiu em pensar como vou me sustentar sendo bipolar. Sou estudante, recetemente demitida de um estágio (menos de um mês antes de ter um surto (é, alucinação, vozes, insônia) e creio que a causa deste surto foi a demissão. E agora? Setor privado no país não quer funcionário-problema, pois só dá prejuízo para empresa, esse tipo de funcionário só tem lugar aonde? na rua

Agora, para completar, tenho que ouvir diariamente minha mão jogando na minha cara que nunca ouvi ela e por isso to no mato sem cachorro que me encontro. Faço publicidade (área que é bem restrita aonde moro), vou me formar e vou ser obrigada a fazer outra faculdade graças a esta bosta de doença, pois pegar agência, que roda madrugada trabalhando com essa doença é complica né?

Algo de bom na minha vida? Bom passei para administração na federal daqui, comecei mas se continuar o curso vou seguir ele numa paga, vou rodar em matemática. estou estudando muito mas tenho muita dificuldade... então
Então não sei o que fazer da minha vida, por esse problema todo, apavorada com o meu futuro, todo dia vivo me sentindo morta, como se eu tivesse entrado num pesadelo gigante, e diariamente, dentro do ônibus para a federal, sento vontade de me atirar na frente de um carro para morrer logo de uma vez, daí eu penso que além de bipolar, posso ficar paralítica, e não morrer, e desisto da idéia.

Neste pesadelo gigante que ando vivendo pensei também em virar freira. Eu já pensava nisso desde os meus 19 anos, mas só depois do surto que virei católica. Antes era guardiã da chama e estudante dos Mestres Ascensos da Grande Fraternidade Branca, e meu surto foi em cima dos mestres, custei semanas para acreditar que as vezes que ouvia eram alucinações e não manifestação de mestres e anjos, eu vi e ouvi coisas que davam um belo romance. Enfim, creio em reencarnação e cultuo além de jesus, buda, e shiva... daí acho difícil ser católica, não é um caminho que me completa plenamente, mas estudando os mestres aprendi que este como outros caminhos são um de vários caminhos que uma alma pode seguir para um mesmo Deus uno... por isso ainda não descartei essa possibilidade... e até gosto, as freiras estudam muito ( amo estudar), e são disciplinadas e abnegadas, sinto que aprenderia muito com elas...

Mas foi bom desabafar um pouco aqui, este blog terá de vez em quando uns desabafos para quem quiser ouvir, pois acho bom ter relatos de bipolares para bipolares, para assim trocarmos uma idéia das dificuldades, desilusões, vivências de cada um.

Agora respiro fundo, ao pensar "um dia de cada vez", assim tem sido há 6 meses, e provavelmente pelo resto da vida