quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Primeiro amor

Ontem estava lembrando de uma história, motivo que me faz nunca se declarar para homem nenhum e ser totalmente indiferente aos meus próprios sentimentos.

Quando eu tinha doze anos conheci um rapaz pela internet, ele tinha catorze anos, era escoteiro e lutava muay thai, ficamos amigos. Um ano depois eu conheço ele quando começo a frequentar os eventos de animação japonesa da minha cidade. Ele era rockeirinho, andava todo maleiro, e ficamos muito amigos, a gente andava de mão dadas, ele era todo querido comigo, era super bom estar com ele. Eu me declarei, ele disse que tinha um carinho especial por mim. Mas eu tinha treze anos, na hora H de ficar fiquei com medo e dei para trás, e ele tinha terminado com uma namorada para ficar comigo, ele ficou com muito ódio de mim e não foi mais meu amigo. Então fiz de tudo para ele me dar uma segunda chance, virei rockeira, bebia, fumava, fiz de tudo mesmo e nada dele me dar uma segunda chance, e eu sempre falava dele para todo mundo, nunca gostei de alguém como gostei dele. Até que um dia fomos um pessoal beber num bar daqui, eu estava super bêbada e ele me carregou o lugar inteiro, conversamos e colocamos aquela história que contei em pratos limpos (isso uns quatro/cinco anos depois), ficamos bem amigos, andávamos juntos em todos os lugares, mas não rolava da gente ficar, não sei por que. Depois que comecei a estudar os Mestres Ascensos me afastei dele, por nada, me afastei por afastar. Quatro anos depois encontro ele em um evento de video game e sei lá, tava com saudade dele, abracei ele bem forte, ele achou bizarro creio eu, ficar todos esses anos sem dar sinal e abraçar ele daquele jeito do nada. Bem, de qualquer forma ele me cortou e fomos cada um para um lado. Faz anos que não vejo ele, quando penso nele me dá um aperto no coração, dói...
Mas corri muitos anos atrás dele, de um forma que não procuro mais ninguém, pois sofri bastante no processo, e de qualquer forma acho que a gente não daria certo hoje em dia, ele virou um boêmio e eu estou super certinha. O menino de dezessete me lembra um pouco ele, talvez seja isso lá no inconsciente que me faz ficar atraída por ele e por rockeiros em geral, mas rezo para o bom senso falar mais alto, e o trauma que esse menino deixou em mim foi bem forte, não procuro ninguém, deixo as coisas rolarem, se não ocorrer nada, que se dane também, eu preencho esses espaço com os Mestres Ascensos, rezar para eles e estudar suas palavras me deixam mais íntegra de uma forma que não fico tão carente e não me deixo levar tanto por sentimentalismos... Apesar de  eu ter medo de ficar velha e sozinha, coisa que parece bastante provável pra mim...

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