segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Raiva de Deus

Aqui continuo o monólogo do post anterior. Sim, eu sinto muita raiva de Deus, pois quando fui proibida medicamente de seguir os Mestres Ascensos e quando caiu a ficha para mim do que fiz com meus seis anos de estudo, senti que Deus me abandonou.
Tem pessoas que conheci pelo Brasil afora que estudam os Mestres Ascensos realmente interessantes. Uma, por exemplo, é podre de rica, conhece Nova York, Milão, Grécia e outros países pelo mundo afora e é formada pela ESPM (quem conhece sabe como é caro estudar lá), uma patricinha meio fútil mas com habilidade de liderança que atualmente me ignora totalmente sendo que não fiz nada para ela, na verdade já percebi que ela só trata bem pessoas que tem status ou dinheiro, como não tenho nenhum dos dois... Este é um problema que vi dentro dos estudos dos Mestres, aliás na católica vejo isso também, as pessoas só tratarem bem quem tem status ou dinheiro, quem não tem nenhum dos dois e ignorado, ridicularizado, considerado um estorvo. Como todos sabem no núcleo que sou bipolar agora mesmo que fingem que não me conhecem quando passo na rua.
Tem um outro guri mais ou menos da minha idade de conheci deste estudo dos Mestres Ascensos, se formou em administração na federal, é concursado, e arrumou uma namorada bem de vida e super inteligente que segue os Mestres também, aquele típico sonho de realização pessoal.
Durante todos esses anos que segui os Mestres sentia que as coisas também iriam dar certo para mim, que meu jogo iria virar, achava que passaria para Jornalismo numa Federal, iria trabalhar na Globo ou ser concursada em um bom órgão público e arrumar um guardião bacana para casar. Mas as coisas com o passar dos anos foram dando errado sendo que o surto foi o estopim....
Primeiramente, entrei com dezessete no núcleo dos mestres e fiquei até os vinte e um tentando Jornalismo para federal, não cheguei nem perto de passar, sendo que eu estudava no mínimo quatro horas por dia para passar, então resolvi ir para a Publicidade que tinha mais mercado que Jornalismo, podendo trabalhar em empresas no Comercial essas coisas. Enquanto tinha gente que transava com professor para conseguir vaga em agência de publicidade, eu só estagiei em Microempresas, de família, rasgando papel muitas vezes, sem ninguém formado em comunicação para me orientar no estágio. Meu ex namorado fazia le parkour e não queria saber de estudar e queria casar ganhando mal, esta falta de ambição dele e insistência em casório antes de eu me formar me fez terminar o namoro, ele morava a dois estados brasileiros do meu, tava pensando em vir de mala e cuia para cá, ele era do interior, ia apanhar muito na cidade grande, terminei com ele por gostar dele mesmo. E enquanto esses dois que falei eram paparicados por todos como exemplo a ser seguido e tudo mais eu era ignorada pelas pessoas que me achavam chata e negativa por tudo que ocorreu comigo nos últimos anos. Daí o surto fechou a minha maré de azar com chave de ouro fazendo com que todos definitivamente me ignorassem e fingissem que eu não existisse, como a gente faz quando vê um mendigo pedindo esmola na rua.
Sonhei para muitos anos, desde os dezessete, que viria vitórias em minha vida e o fracasso se tornou um fantasma que me assombra diariamente, junto com o desprezo, é difícil não ter raiva de Deus deste jeito. Quando vejo a realização fácil destes dois, até da minha irmã que praticamente não crê, não reza, e de gente que conheço da minha adolescência que se droga e tudo mais, fica muito difícil não sentir raiva de Deus, pois nestes últimos seis anos eu fiz tudo certo, mal bebo, não fui para baladas, escolho os filmes que assisto, evito fofocar a vida alheia, evito retribuir mal com o mal, tive uma conduta praticamente exemplar e mesmo assim as coisas só dão errado comigo, a ponto de eu ser proibida de seguir o caminho que mais me identificava! Tô frequentando a igreja católica atualmente, é prático, tem uma em qualquer lugar, e pelos estudos que tive, muitas pessoas se tornaram Mestres Ascensos pela vida monástica católica...
No fim a corda que eu segurava de fé, esperança e caridade se rompeu, sendo que o fio de fé se tornou o único pilar que me sustenta.

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